"As questões em discussão são extremamente complexas, por isso, dificilmente seria justificado esperar resultados imediatos. O trabalho prossegue" entre os dois países, disse o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária por telefone.
Peskov sublinhou que ambos os países estão "no início do caminho para a normalização das suas relações".
Considerando que Moscovo e Washington estão a construir a sua relação "praticamente a partir do zero, as expectativas não podem ser elevadas", acrescentou o porta-voz do Kremlin.
Afirmou que os contactos com os Estados Unidos, como os mantidos na passada sexta-feira pelo chefe de Estado russo, Vladimir Putin, com o enviado norte-americano Steve Witkoff, como "muito úteis e eficazes".
"São eficazes porque foi estabelecido um canal de transferência de informações muito procurado o que, claro, garante que os homólogos --- Putin e o Presidente norte-americano, Donald Trump --- estejam a receber informações em primeira mão", explicou.
Acrescentou que no último encontro entre Putin e Witkoff, não houve qualquer conversa sobre uma possível cimeira entre os líderes da Rússia e dos EUA.
O Kremlin confirmou na sexta-feira que esta foi a terceira vez que Putin se encontrou com Witkoff nos últimos dois meses, embora tenha sido a primeira vez que o encontro foi tornado público.
Antes da reunião, cujos resultados não foram divulgados, Trump pediu a Putin, na rede social Truth, que avançasse com a resolução do conflito na Ucrânia.
Trump afirmou que a Rússia "cometeu um erro" ao atacar a cidade ucraniana de Sumi com dois mísseis no domingo, matando 34 civis e, segundo Moscovo, mais de 60 militares.
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