O comunicado revelou que as três pessoas detidas têm ligações aos serviços de informação árabes e israelitas.
Hossein Taeb, chefe dos serviços secretos dos Guardas da Revolução, revelou que os três detidos entraram no país no inverno de 2018 e queriam comprar uma casa perto da mesquita construída pelo falecido pai do general, na Carmânia, sudeste do Irão.
O objetivo era implantar entre 350 a 500 quilos de explosivos no canal escavado por baixo do templo, detonando e matando o general Qassim Soleimani durante a anual comemoração do Muharram -- o primeiro mês sagrado do calendário islâmico em que se comemora o aniversário da batalha de Querbela e a passagem de Moisés pelo Mar Vermelho -, durante o Verão.
Soleimani é um dos comandantes mais influentes dos Guardas da Revolução que desempenhou um papel chave na luta contra os extremistas do grupo 'jihadista' Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
De acordo com a agência Fars, Hossein Taeb afirmou que "os serviços de segurança árabes e israelitas planearam e projetaram durante muitos anos o assassínio do general Soleimani, com o objetivo de iniciar uma guerra religiosa com o Iraque".
"O plano era contratar terroristas que fossem seus afiliados para entrar no país e, durante a cerimónia do Muharram, detonar explosivos por baixo do local onde seria a celebração", confirmou o chefe dos serviços secretos.
"Com este ato sinistro, os criminosos tentaram iniciar uma guerra religiosa que dizem ter sido por uma questão de vingança", acrescentou.
Após serem detidos, alguns dos elementos admitiram escolher o Muharram por ser uma celebração na qual os muçulmanos evitam qualquer tipo de briga, e assim perturbar não só os assuntos internos, mas também a opinião pública.
Os suspeitos foram capturados antes da celebração, nos dias 09 e 10 de setembro.
"Eles estavam confiantes no seu objetivo e na sua operação cruel, mas com a ajuda de Deus conseguimos prender e frustrar a conspiração", afirmou o chefe dos serviços secretos da IRGC.
Em janeiro, o jornal al-Jarida do Koweit, alegou que os Estados Unidos teriam dado permissão a Israel para assassinar o general Soleimani.