"Quero agradecer aos nossos parlamentares por terem compreendido e escutado as exigências do povo boliviano", afirmou Áñez, num vídeo publicado na rede social Twitter.
A Presidente interina indicou que vai promulgar o diploma às 10h00 (14h00 em Lisboa) de hoje.
Após seis horas de debate, a Câmara dos Deputados aprovou, no sábado à noite, por unanimidade, um projeto de lei de emergência para acelerar a convocação de novas eleições, submetendo de seguida o texto ao Governo provisório.
O projeto de lei já havia sido aprovado, no mesmo dia, no Senado, que depois o encaminhou à Câmara dos Deputados.
A lei surge de um consenso entre os deputados do Movimento ao Socialismo (MAS), com maioria na Assembleia Legislativa, e os partidos de oposição Unidade Democrática (de onde emergiu a Presidente interina) e o Partido Democrata Cristão.
A lei aprovada anula as eleições de 20 de outubro e proíbe qualquer pessoa que tenha cumprido dois mandatos de concorrer a um terceiro, deixando de fora a possibilidade de candidatura do ex-Presidente Evo Morales, que já cumpriu três termos presidenciais, desde 2006.
Ao final de várias semanas de violentas manifestações nas ruas da Bolívia, contestando a sua vitória de 20 de outubro, Evo Morales renunciou ao cargo, exilando-se no México.