A coligação internacional que luta contra o grupo terrorista do Estado Islâmico (EI) informou hoje, em comunicado, que a sua prioridade passa a ser garantir a segurança das bases no Iraque, que têm sido alvo de repetidos ataques nos últimos dois meses.
O reforço da segurança das instalações "limita a capacidade de treinar parceiros e de apoiar as suas operações contra o EI", diz o comunicado, para justificar a suspensão das atividades de treino desenvolvidas até agora.
"A nossa prioridade é proteger o pessoal da coligação. [...] Estamos totalmente empenhados em proteger as bases iraquianas que albergam as tropas da coligação", pode ler-se na nota hoje emitida.
A coligação internacional no Iraque liderada pelos Estados Unidos da América (EUA) conta ainda com a participação do Reino Unido, Austrália, Espanha e Polónia, em estreita cooperação com uma outra missão conduzida pela NATO (sigla inglesa para Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A coligação justifica ainda a decisão dizendo que "os repetidos ataques de mísseis nos últimos dois meses, por elementos dos Katai'b Hizbulá, causaram a morte de membros das forças de segurança iraquianas e de um civil americano", em 27 de setembro.
Os Katai'b Hizbulá são batalhões que operam sob instruções das milícias pró-iranianas, que na semana passada foram alvo de dois ataques dos EUA, um dos quais vitimou mortalmente o general Qassem Soleimani, comandante de uma força de elite iraniana, provocando uma escalada de tensão no Médio Oriente.
No sábado, também a NATO tinha anunciado a suspensão das suas operações de treino no Iraque.
"A missão da NATO continua, mas as atividades de treino estão suspensas", disse White, porta-voz da organização, que confirmou que o secretário-geral, Jens Stoltenberg, tinha conversado por telefone com o secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, para se sintonizar sobre o desenvolvimento da situação no Médio Oriente.