A líder da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, anunciou terça-feira que os Democratas estão prontos para aprovar, com a sua maioria, o envio dos dois artigos de destituição para o Senado, acusando Donald Trump de abuso de poder e de obstrução ao Congresso.
Os Democratas elegerão hoje os representantes que servirão de promotores no processo de 'impeachment', para que o julgamento político de Donald Trump possa ser iniciado no Senado.
Uma vez aprovado envio dos dois artigos, o processo de destituição deverá começar a ser julgado no Senado no próximo dia 21, disse terça-feira à imprensa o líder da maioria Republicana, Mitch McConnell.
Donald Trump é acusado de ter pressionado o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, para investigar a atividade do filho do seu adversário político, Joe Biden, junto de uma empresa ucraniana envolvida num caso de corrupção, num gesto que a Câmara de Representantes diz constituir um ato de abuso de poder, bem como de ter tentado obstruir a averiguação destes factos por parte do Congresso.
Em 18 de dezembro, a maioria Democrata na Câmara de Representantes aprovou dois artigos de destituição com base nestas acusações, tornando Donald Trump o terceiro Presidente norte-americano a ficar sujeito a um processo de 'impeachment'.
Os democratas têm adiado o processo, mas Trump será agora julgado politicamente no Senado, onde será preciso uma maioria de 2/3 dos votos para levar à sua remoção do cargo de Presidente, um cenário improvável perante o controlo pelos Republicanos da câmara alta do Congresso.
Os Democratas pedem que haja novas testemunhas no julgamento político, incluindo o ex-conselheiro de segurança nacional, John Bolton, que já se mostrou disponível para depor no Senado, e o chefe de gabinete de Trump, Mick Mulvaney.
Contudo, Mitch McConnell, já disse que se recusa a aceitar novas testemunhas no processo, que pretende seja resolvido de forma rápida, pedindo a união dos senadores do seu partido para agilizarem a rejeição dos artigos de destituição.