EUA sancionam oito líderes Huthis por "recrutarem civis" para a Rússia

Os Estados Unidos sancionaram hoje oito comandantes rebeldes huthis por recrutarem civis" para combaterem ao lado das tropas russas na Ucrânia, em troca de financiamento para as suas atividades.

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Lusa
05/03/2025 17:56 ‧ há 9 horas por Lusa

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Iémen

O Tesouro norte-americano acusou também os rebeldes de "liderarem o contrabando de armas" para zonas do Iémen controladas pelos insurgentes.

 

Nesse sentido, incluiu no Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) os nomes de sete comandantes huthis, incluindo o porta-voz rebelde Mohammed Abdulsalam, por facilitarem o fornecimento de armas a zonas sob o seu controlo e negociarem acordos de armamento com Moscovo. 

A ele juntam-se seis outros membros superiores das milícias do grupo.

Segundo um comunicado do Tesouro norte-americano, um oitavo comandante dos Huthis, Abduluali Abdo Abdo Hassan al-Jabri, foi igualmente sujeito às mesmas restrições por ter utilizado uma das suas empresas - também sancionada - para "facilitar a transferência de civis iemenitas para combater ao lado de unidades do exército russo na Ucrânia em troca de dinheiro".

Entre outros efeitos, as sanções negam aos visados e às empresas o acesso a quaisquer bens ou ativos financeiros detidos nos Estados Unidos e impedem as empresas e os cidadãos norte-americanos de fazerem negócios com elas.

"Ao tentar obter armas de uma variedade de fornecedores internacionais, os líderes Huthis estão a demonstrar a sua intenção de continuar as ações imprudentes e desestabilizadoras na região do Mar Vermelho", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

O governante norte-americano garantiu que Washington continuará a usar "todas as ferramentas" à sua disposição para "interromper as atividades terroristas dos Huthis e diminuir a sua capacidade de ameaçar funcionários e pessoal dos EUA".

Por seu lado, o Departamento de Estado norte-americano indicou, também num comunicado, que a administração do Presidente Donald Trump fará "tudo o que estiver ao seu alcance para contrariar a violência exercida pelos Huthis e trabalhar com o governo internacionalmente reconhecido para pôr fim a todas as suas capacidades".

"Estamos empenhados em levar os Huthis à justiça por obterem armas e munições de fornecedores da Rússia, China e Irão, bem como por ameaçarem a segurança no Mar Vermelho", disse.

A medida surge apenas um dia depois de a administração dos EUA ter adicionado oficialmente os rebeldes Huthis, movimento político-religioso de maioria xiita do Iémen, à sua lista de organizações terroristas, em conformidade com a ordem executiva assinada no final de janeiro por Trump.

Desde 2023, os Huthis lançaram "centenas de ataques" contra embarcações comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, bem como contra militares norte-americanos e parceiros regionais dos EUA, segundo o Departamento de Estado.

Estes ataques, segundo os insurgentes, destinam-se a apoiar e a defender a causa palestiniana na sequência da ofensiva lançada por Israel após os ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e de outras fações palestinianas a 07 de outubro de 2023.

Leia Também: Rússia critica EUA por classificarem Huthis como terroristas

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