Petroquímica que sofreu explosão abre investigação interna

A petroquímica IQOXE que na terça-feira sofreu uma explosão no seu complexo industrial em Tarragona, Espanha, que causou dois mortos e oito feridos, anunciou a abertura de "uma investigação interna" sobre o acidente.

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© Twitter/ Anna Cabayol

Lusa
15/01/2020 12:25 ‧ 15/01/2020 por Lusa

Mundo

Terragona

Em comunicado, a empresa, que é propriedade do grupo industrial Cristian Lay, sediado na Extremadura espanhola, esclareceu que a fábrica afetada "entrou em funcionamento em junho de 2017 e tem funcionado normalmente" desde então.

A investigação interna deve "detetar as causas do acidente e as suas consequências", acrescenta a empresa.

"Desde o início, a empresa tem oferecido a máxima colaboração, tanto aos Bombeiros da Generalitat [Governo regional catalão] como à Proteção Civil nos seus trabalhos, a quem estamos gratos pela sua dedicação, e está à disposição das autoridades para as investigações pertinentes", sublinha a IQOXE (Indústrias Químicas de Óxido de Etileno).

A IQOXE lamenta "profundamente" a morte de um dos seus trabalhadores e "o sofrimento dos colegas feridos", diz a nota, que acrescenta que a prioridade agora é "apoiar e acompanhar todas as pessoas afetadas e as suas famílias".

A empresa refere que, como resultado deste acidente, "foram afetados nove empregados", apesar de esta terça-feira também se ter confirmado a morte de uma pessoa que morava no bairro vizinho de Torreforta, como consequência da onda de choque da explosão.

A empresa precisou que a explosão "numa das quatro fábricas de produtos derivados" do complexo ocorreu às 18:41 locais (17:41 em Lisboa).

"A propriedade da IQOXE garante o futuro da empresa e a manutenção de todos os postos de trabalho", esclarece também o comunicado de imprensa.

Atualmente, a IQOXE é o único produtor de óxido de etileno em Espanha e está integrada no Cristian Lay Grupo Industrial, controlado pelo empresário estremenho Ricardo Leal.

Segundo a imprensa espanhola, a IQOXE é a única empresa que produz óxido de etileno e glicóis em Espanha e Portugal e teve um volume de negócios de 148 milhões de euros em 2018.

A fábrica onde ocorreu o acidente foi inaugurada há apenas seis meses, depois de um investimento de 10 milhões de euros para a empresa.

As novas instalações permitem o aumento da produção de gás, que é utilizado como matéria-prima para o fabrico de detergentes ou anticongelantes.

A fábrica recentemente inaugurada tem capacidade para produzir 140.000 toneladas dessa substância química por ano e conta com mais de 130 trabalhadores.

 

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