Palestiniano morto a tiro por forças israelitas na Cisjordânia

Um jovem palestiniano foi hoje morto a tiro pelas forças israelitas durante confrontos com manifestantes em Hebron, a primeira morte na Cisjordânia desde a divulgação do plano de paz do presidente dos Estados Unidos.

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© Pixabay

Lusa
05/02/2020 16:21 ‧ 05/02/2020 por Lusa

Mundo

Palestina

"Mohammed al-Haddad, 17 anos, foi morto com uma bala no coração pelas forças de ocupação no setor de Bab al-Zawya, em Hebron, indicou o Ministério da Saúde palestiniano num comunicado.

O adolescente foi morto na sensível Hebron, onde algumas centenas de colonos judeus da linha dura vivem num enclave fortemente vigiado no centro da cidade palestiniana.

Desde que o plano de Trump foi apresentado na semana passada que têm ocorrido protestos na Cisjordânia, assim como na Faixa de Gaza, alvo de ataques aéreos israelitas hoje de manhã.

O exército israelita anunciou ter atingido alvos do Hamas (o movimento radical palestiniano que controla a Faixa de Gaza), em resposta ao disparo de projéteis e ao lançamento de balões incendiários para o território israelita.

"Aviões de combate visaram alvos da organização terrorista Hamas no sul da Faixa de Gaza", entre os quais "um local de fabrico de armas", indicou o exército israelita num comunicado.

Não foi dada qualquer informação sobre eventuais vítimas na Faixa de Gaza e também não há registo de vítimas ou danos no lado israelita devido aos projéteis e "balões explosivos" lançados pelos palestinianos.

Granadas de morteiro e engenhos incendiários têm sido lançados do enclave palestiniano quase diariamente desde que Trump apresentou o plano no dia 28, ao lado do primeiro-ministro israelita em funções, Benjamin Netanyahu.

O plano, para o qual os palestinianos não foram consultados, considera Jerusalém "a capital indivisível de Israel" e permite alargar a soberania do Estado hebreu ao vale do Jordão e a outros colonatos na Cisjordânia.

A liderança palestiniana rejeitou o plano antes da sua apresentação por não considerar os Estados Unidos como um mediador imparcial desde que Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel em dezembro de 2017.

Os palestinianos reivindicam a zona oriental de Jerusalém para capital do futuro Estado a que aspiram.

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