O relatório diz que a propaganda tem um enviesamento patriótico e atinge todos os Estados norte-americanos (com exceção do Hawai), mas sobressaem a Califórnia, Texas, Nova Iorque, Massachusetts, New Jersey, Ohio, Virgínia, Kentucky, Washington e Florida.
A propaganda é veiculada através de folhetos, autocolantes, 'banners', pósteres e mensagens nas redes sociais.
De acordo com o documento da Liga Contra a Difamação, os centros estudantis são alvos preferenciais deste género de propaganda, que, em 2019, registou 2.713 casos de distribuição de literatura supremacista, dentro e fora dos 'campus' universitários.
Por comparação com este número, em 2018, o número de registo de casos era de apenas 1.214, com uma estratégia semelhante à que tem sido verificada nos últimos anos.
"Os supremacistas brancos veem a distribuição de propaganda, incluindo boletins, folhetos e autocolantes, como uma maneira conveniente e praticamente anónima de promover as suas mensagens de ódio e de intolerância", explica Jonathan Greenblat, dirigente da Liga, num comunicado.
"Embora saibamos que extremistas e grupos de ódio são encorajados pelo ambiente atual, esse aumento na distribuição de folhetos e propaganda mostra como os fanáticos são capazes de espalhar a sua mensagem sem arriscar o anonimato", acrescentou Greenblat.
A Liga também revelou que dezenas de grupos supremacistas distribuíram propaganda em 2019, mas os responsáveis por cerca de 90% dessa atividade foram organizações extremistas como a Frente Patriota, o Movimento de Identidade Americano e a Associação European Heritage.
A Frente Patriota tem sido a organização mais ativa, sendo responsável por 66% dos casos registados no ano passado.
Em 2019, esse grupo divulgou mensagens como "Uma nação contra a invasão", "Pela nação contra o Estado" e "Os Estados Unidos não estão à venda".
A Frente Patriota, fundada em 2017, justifica com a sua versão de "patriotismo" a promoção da supremacia branca e da ideologia neofascista, segundo o comunicado da Liga.
"A grande quantidade de propaganda, que apresenta predominantemente uma linguagem supremacista branca velada com uma inclinação 'patriótica', é uma tentativa de normalizar a sua mensagem e de aumentar os esforços de recrutamento, enquanto ataca grupos minoritários como judeus, negros, muçulmanos, imigrantes não-brancos e comunidade LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros]", segundo Oren Siga, vice-presidente da Liga para o Centro de Extremismo.