Benny Gantz nega irregularidades após notícias sobre investigação

O líder da oposição israelita Benny Gantz negou hoje irregularidades após ter sido noticiado o lançamento de uma investigação a um acordo alegadamente obscuro entre uma empresa que dirigiu e a polícia israelita.

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Lusa
20/02/2020 15:53 ‧ 20/02/2020 por Lusa

Mundo

Israel

 

As notícias dizem que Gantz não é suspeito no caso, mas o desenvolvimento acontece a menos de duas semanas das eleições legislativas e durante uma campanha que a coligação Azul e Branco de Gantz tentou centrar nas acusações por corrupção do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

"Parece pressão política para colocar isto na agenda do público", disse Gantz à rádio militar israelita. "Estou totalmente à vontade. Isto foi verificado no passado e não foi encontrada qualquer suspeita de crime", adiantou.

Israel vai às urnas a 2 de março, as terceiras legislativas em menos de um ano, depois de eleições em abril e setembro de 2019 que não foram conclusivas. Nem Netanyahu nem Gantz conseguiram formar uma coligação governamental.

As sondagens indicam resultados semelhantes na votação do próximo mês, o que pode prolongar o impasse no país.

Não é ainda claro se as notícias sobre este caso podem ter influência no voto. A "bomba" da revelação do plano de paz da administração de Donald Trump e o anúncio da data do início do julgamento de Netanyahu não afetaram significativamente os inquéritos de opinião.

Mas é um embaraço para Gantz, antigo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, que tenta afastar Netanyahu insistindo nas acusações de corrupção e apresentando uma imagem limpa como alternativa.

Depois de se retirar do exército, Gantz dirigiu a Fifth Dimension, uma empresa de cibersegurança que negociou com a polícia israelita sobre a venda dos seus produtos.

De acordo com o provedor de controlo das contas de Israel, a polícia poderá ter violado as leis de aquisição por não ter aberto um concurso.

O Ministério da Justiça não confirmou as notícias, indicando apenas que os documentos do provedor estão a ser analisados.

O primeiro-ministro foi no outono acusado pelo procurador-geral Avichai Mandelblit de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos diferentes de corrupção. Terá aceitado presentes generosos de amigos bilionários e trocado favores por uma cobertura mais positiva em meios de comunicação social.

Netanyahu nega quaisquer irregularidades e alega que as acusações se devem a um sistema judicial e aos media que lhe são hostis.

 

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