"A decisão de descer o 'rating' para Ba1 reflete a perspetiva da Moody's, segundo a qual a alavancagem financeira da Sasol vai continuar elevada nos próximos dois anos, e que o nível de desalavancagem é vulnerável a eventos de risco e a alterações nas condições dos mercados interno e globais", lê-se numa nota da Moody's.
A agência de notação financeira decidiu, assim, cortar o 'rating' da petrolífera sul-africana de Baa3 para Ba1, atribuindo uma Perspetiva de Evolução Estável.
A Sasol está presente em Moçambique desde 2004, tendo contribuído mais de 6% para o PIB do país, disse um responsável da petrolífera em novembro, num encontro sobre o petróleo e gás em África.
O vice-presidente da Sasol Exploration and Production International, Gilbert Yevi disse então que a empresa sul-africana tem desempenhado um papel "catalisador" no desenvolvimento socioeconómico daquele país africano lusófono e acrescentou: "O investimento em capital realizado pela Sasol, de mais de 3 mil milhões de dólares [2,7 mil milhões de euros], as operações diárias, o investimento social e a capacitação profissional tiveram um impacto significativo no período de 2004 a 2018".
O gestor acrescentou que a empresa "é também um contribuinte significativo para o fisco nacional com 495 milhões de dólares [446 milhões de euros] em impostos".
Segundo Gilbert Yevi, a petrolífera multinacional sul-africana manteve mais de 300 postos de trabalho permanentes desde o início das operações, em vários setores de atividade, sendo que "mais de 90% da força de laboral da Sasol Moçambique são moçambicanos".
"Juntamente com o Governo de Moçambique, criou-se um plano de conteúdo local para assistir e impulsionar o crescimento de negócios locais através das operações sustentáveis da Sasol", salientou.
Além de Moçambique, a Sasol possui uma participação não operacional de cerca de 30% na licença Etame Marin, no 'offshore' do Gabão, na África Ocidental.