"A chanceler volta hoje ao seu local de trabalho", mas continuará a liderar a Alemanha por áudio e videoconferência, disse Steffen Seibert, em conferência de imprensa.
A chanceler, de 65 anos, decidiu, em 22 de março, colocar-se em quarentena, confinada à sua casa, em Berlim, depois de ter estado em contacto com um médico que estava infetado.
Desde então, Angela Merkel realizou três testes, todos com resultados negativos, mas permaneceu isolada até ao final da sua quarentena de 14 dias.
Numa gravação de áudio, a chanceler, no poder desde 2005, confessou ter vivido esse confinamento com dificuldade e sem contacto com os seus ministros e conselheiros.
"Infelizmente, o número diário de novas infeções não nos dá motivos para relaxar ou relaxar as regras", disse.
A chanceler registou um ressurgimento da sua popularidade entre os alemães desde o início do surto, que consideraram boa a forma como geriu a crise, sendo que a Alemanha tem uma taxa de mortalidade causada pela covid-19 menor do que a dos seus vizinhos europeus.
O Instituto Robert Koch, o centro de epidemiologia da Alemanha, anunciou que as medidas restritivas que estarão em vigor até, pelo menos, 19 de abril, já começaram a surtir efeito, retardando a propagação do novo coronavírus.
Atualmente, segundo o mesmo instituto, a Alemanha tem 79.696 casos de pessoas infetadas pelo coronavírus e 1.017 mortes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 525 mil infetados e mais de 37 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.915 óbitos em 115.242 casos confirmados até quinta-feira.