A câmara baixa do parlamento espanhol, Congresso dos Deputados, deverá dar o seu acordo à proposta do executivo socialista na próxima quinta-feira, havendo uma maioria confortável de formações políticas que apoiam a iniciativa, incluindo o maior da oposição, o Partido Popular, de direita.
O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, anunciou no sábado passado o prolongamento do "estado de emergência" até à meia-noite de 25 de abril, para travar a covid-19 numa altura em que, tudo indica, está "superado o pico" desta pandemia.
Na altura, o chefe do Governo avançou que as medidas de contenção que incluem o confinamento em casa para todos, salvo os que trabalham em serviços essenciais, iriam continuar, mas que estava a estudar a possibilidade de, a partir de segunda-feira 13 de abril, ser autorizado o regresso ao trabalho daqueles que não podiam fazê-lo a partir de casa.
O "estado de emergência" começou em 15 de março e impôs uma série de restrições à mobilidade dos cidadãos, que foram depois alargadas, com medidas adicionais, como o controlo nas fronteiras ou o fecho provisório de atividades económicas não essenciais.
O confinamento foi inicialmente aprovado por duas semanas, às quais foram acrescentadas mais duas, a partir de 29 de março e até 11 de abril próximo.
O executivo espanhol está a iniciar a fase de mitigação da covid-19, depois de o aumento diário de infetados ter passado de 22% em 16 de março para 3% na segunda-feira.
A Espanha é um dos países mais atingido pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, que já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.055 mortos, entre 135.759 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos é o que contabiliza mais infetados.