O presidente do Equador, Leín Moreno, anunciou, em forma de nota publicada, este domingo, nas redes sociais, que irá abdicar de metade do ordenado, numa medida simbólica que tem como intuito ajudar o país no combate à pandemia de Covid-19.
"Propus reduzir 50% do vencimento mensal de presidente, vice-presidente, ministros e vice-ministros. Da mesma maneira, assim o farão as funções de Estado e governos regionais, em especial a Assembleia, porque ao #EquadorTodosAjudamos", escreveu.
A medida surge, sensivelmente, 24 horas após Lenín Moreno tomar a decisão de atribuir contribuições sociais obrigatórios a todos os setores do país, que convertem para um fundo social destinado a adquirir meios para o combate ao surto do novo coronavírus.
Todas as empresas com receitas superiores a um milhão de dólares por ano estão obrigadas a retribuir com 5% dos lucros, a mesma percentagem que os cidadãos com ordenados mensais a 500 dólares terão também de doar.
O Equador, recorde-se, regista, neste momento, 7.466 casos confirmados de infeção por SARS-CoV-2 e 333 vítimas mortais. Os profissionais de saúde têm vindo a alertar para a falta de meios para fazer face à crise, e há já relatos de corpos deixados na rua por falta de capacidade de resposta das autoridades.
He dispuesto reducir el 50% del ingreso mensual a Presidente, Vicepresidente, Ministros y Viceministros. De la misma manera lo harán todas las funciones del Estado, Gob. Seccionales, en especial @AsambleaEcuador, porque #AEcuadorLoSacamosTodos.
— Lenín Moreno (@Lenin) April 12, 2020