Bolsonaro anunciou Teich como ministro ao mesmo tempo em que o antigo responsável pela tutela da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, dava uma conferência de imprensa para confirmar a sua exoneração e garantir que a sua equipa apoiaria o novo governante na luta contra a pandemia.
"O que eu conversei ao longo desse tempo com o oncologista doutor Nelson foi fazer com que ele entendesse a situação como um todo. Sem abandonar o principal interesse, a vida, mas sem esquecer que ao lado disso temos outros problemas, como o desemprego", afirmou Bolsonaro, numa declaração no Palácio do Planalto, sede do Governo em Brasília.
O novo ministro garantiu que "existe um alinhamento completo" com o chefe de Estado e que não haverá "qualquer definição brusca, radical" sobre o isolamento social, e que o importante é que haja uma "informação cada vez maior sobre o que acontece com as pessoas, com cada ação que é tomada".
"O que é fundamental é que consigamos ver aquela informação tínhamos até ontem, decidir qual a melhor ação do momento e seguir qual a melhor forma de isolamento e distanciamento. Que isso seja cada vez mais baseado em informação sólida", frisou Nelson Teich.
O Brasil ultrapassou na quarta-feira a barreira dos três mil novos casos diários do novo coronavírus, registando o número recorde de 3.058 infetados e 204 mortos nas últimas 24 horas, informou o executivo.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 141 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.