As execuções ocorreram em 08 de abril na aldeia de Xitaxi, quando os grupos armados tentavam recrutar jovens no distrito de Muidumbe, segundo Orlando Modumane.
"Os jovens que estavam para ser recrutados ofereceram resistência, o que provocou a ira dos malfeitores que indiscriminadamente balearam mortalmente 52 jovens", explicou o porta-voz do comando-geral da polícia moçambicana.
Segundo Orlando Modumane, as autoridades moçambicanas deslocaram-se à aldeia após denúncias da população, mas os insurgentes haviam já abandonado o local.
O porta-voz da polícia moçambicana disse ainda que as Forças de Defesa e Segurança reforçaram as operações nos pontos mais críticos da província.
"Temos estado a intensificar várias ações operativas, visando a sua neutralização e consequente responsabilização pelos atos criminosos e hediondos que têm perpetrado naquele ponto do país", concluiu Orlando Modumane.
Cabo Delgado, região onde avançam megaprojetos de extração de gás natural, vê-se a abraços com ataques de grupos armados classificados como uma ameaça terrorista.
As incursões já mataram, pelo menos, 400 pessoas desde outubro de 2017.
As autoridade moçambicanas contabilizam 162 mil afetados pela violência armada naquela província, 40 mil dos quais deslocados das zonas consideradas de risco, maioritariamente situadas mais para o norte da província, e que estão a receber assistência humanitária na cidade de Pemba, a capital provincial.
No final de março, as vilas de Mocímboa da Praia e Quissanga foram invadidas por um grupo, que destruiu várias infraestruturas e içou a sua bandeira num quartel das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Na ocasião, num vídeo distribuído na Internet, um alegado militante 'jihadista' justificou os ataques de grupos armados no norte de Moçambique com o objetivo de impor uma lei islâmica na região.
Foi a primeira mensagem divulgada por autores dos ataques que ocorrem há dois anos e meio na província de Cabo Delgado, gravada numa das povoações que invadiram.