O governador de São Paulo saiu, esta sexta-feira, em defesa de Sergio Moro, que, horas antes apresentou a demissão do cargo de ministro da Justiça, acusando Jair Bolsonaro de "interferência política" face à decisão de retirar Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal.
Em conferência de imprensa, João Doria disse "respeitar a decisão" de Sergio Moro e enalteceu "aquilo que ele representa para a Justiça brasileira" face ao trabalho que desenvolveu desde que foi nomeado, em novembro de 2018.
"Na qualidade de governador, quero dirigir a minha solidariedade a esse patriota. Cumpriu o seu papel brilhantemente, como fez durante quase 23 anos como magistrado. A saída é um golpe na Justiça, na liberdade e na democracia do Brasil", afirmou, citado pelo portal UOL.
"Lamento muito que o nosso país tenha que combater dois vírus: o coronavírus e o outro no palácio do Planalto, em Brasília. São Paulo reconhece e agradece o trabalho do ministro ao longo da sua atuação. Foi republicano, correto e agiu de forma diligente", acrescentou.
João Doria recordou, ainda, a importância de Sergio Moro a "mudar a história" do Brasil "ao conduzir a Lava Jato e ao levar para a prisão centenas de criminosos", pelo que considera "lamentável que tenha tido a decisão amparada nas circunstâncias para deixar a posição de ministro".