"Estamos a entrar na 'fase dois' da emergência graças ao poderoso esforço coletivo. Essa nova fase custou-nos enormes sacrifícios e é por isso que não pode ser entendida como um 'libertar todos'", disse Giuseppe Conte em entrevista ao jornal La Stampa, hoje divulgada.
Na entrevista, o chefe do Governo sublinhou: "o vírus continua a circular entre nós, ainda estamos no meio de uma pandemia".
A Itália, com 28.710 mortos, segundo os últimos dados, e mais de 209.000 casos, entra na segunda-feira numa nova fase, com o levantamento gradual das restrições ao movimento das pessoas e a retoma da atividade económica.
Na segunda-feira, 4,5 milhões de pessoas, que estiveram confinadas em casa, voltarão a trabalhar na indústria e na manufatura e também nos setores da construção e comércio.
A estes juntam-se os negócios essenciais que nunca fecharam, como alimentação, farmácias ou postos de gasolina, e ainda as livrarias e papelarias que abriram em meados de abril.
O primeiro-ministro confirmou na entrevista que estão a ser estudados incentivos para os pais que trabalham, mas que têm de ficar a cuidar dos filhos, bem como para o turismo nacional, entre outros.
Assegurou ainda que pedirá "pessoalmente" aos principais gestores dos bancos que acelerem a entrega de fundos para pequenas empresas e trabalhadores por conta própria, conforme previsto no decreto, para lhes conceder liquidez durante esta crise.
"Há uma garantia do Estado: não podemos permitir esses atrasos", disse Conte, referindo-se às reclamações recebidas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 241 mil mortos e infetou cerca de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios do mundo.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.