Embaixadora da UE na Venezuela entregou 'kits' de proteção a jornalistas
A embaixadora da União Europeia (UE) na Venezuela, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, entregou 'kits' de proteção a três associações de jornalistas, iniciativa para homenagear estes profissionais e o trabalho que fazem durante a pandemia da covid-19.
© Reuters
Mundo Isabel Brilhante Pedrosa
A entrega foi feita na delegação da UE, em Caracas, a representantes do Sindicato de Trabalhadores da Imprensa, da organização não-governamental Espaço Público (promove e defende a liberdade de expressão, o direito à informação e a responsabilidade social na imprensa) e da Associação de Imprensa Estrangeira na Venezuela (Apexven).
"Foi um gesto para prestar uma homenagem a todos os jornalistas e profissionais da comunicação social que, neste período tão particular da pandemia da covid-19, têm uma missão tão especial de informar com verdade e transparência, em momentos em que abundam as 'fake news' e a desinformação", disse Isabel Brilhante Pedrosa à agência Lusa.
Segundo a embaixadora, a iniciativa pretendeu ainda para assinar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinalou no domingo, e passar a mensagem de que os jornalistas "correm também riscos e têm de se proteger, tomar as medidas de proteção adequadas" para desempenhar a sua missão.
"Foi a nossa forma de colaborar com algumas organizações e de lhes fazer chegar 'kits' com luvas, gel, desinfetante e máscaras, para que possam fazer o seu trabalho de uma forma mais segura", declarou.
O secretário-geral do Sindicato de Trabalhadores da Imprensa, Marco Ruíz, agradeceu o gesto da embaixadora da UE para com os jornalistas nacionais e estrangeiros que trabalham na Venezuela.
"O exercício do jornalismo deve ser sempre defendido, protegido e apoiado. Hoje, nas condições em que trabalhamos e que o mundo inteiro se encontra (covid-19), agradecemos ainda mais um gesto como este", disse Marco Ruíz.
Segundo Marco Ruíz, há colegas que "não contam com os recursos suficientes para trabalhar com condições mínimas de segurança, para sair às ruas à procura de informação".
"Garantimos que esta ajuda chegará às melhores mãos, as de repórteres, operadores de imagem e técnicos que estão a arriscar tudo para cumprir com a responsabilidade de informar", frisou.
Carlos Correa, do Espaço Público, declarou à Lusa que este foi um gesto "muito importante", sublinhando que os jornalistas locais "muitas vezes não têm os recursos para se protegerem".
"É uma mensagem importante que diz: 'É muito importante o trabalho que fazem (...). É muito importante que continues a fazer o teu trabalho e estamos preocupados contigo'", frisou.
Carlos Correa sublinhou ainda que a Espaço Público vai "decididamente ajudar" a que os 'kits' "cheguem às pessoas que mais necessitam".
A Venezuela tem 361 casos confirmados de covid-19, 10 mortes associadas à doença e, pelo menos, 158 pessoas recuperadas.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia. O estado de alerta foi decretado por 30 dias e prolongado por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão limitados.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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