Jaroslaw Kaczynski, líder do partido Lei e Justiça, e Jaroslaw Gowin, o responsável de um pequeno partido da coligação conservadora, chamaram à sua decisão "uma solução que garantirá aos polacos a oportunidade de participarem em eleições democráticas".
A data de 10 de maio foi fixada há meses, mas a pandemia provocada pelo novo coronavírus e o confinamento da população ordenado pelo Governo vieram baralhar os preparativos para as eleições de domingo. As divergências entre o partido do governo conservador e os seus opositores políticos impediu-os de chegar a acordo sobre uma alternativa.
O partido no poder tinha tentado manter a data das eleições, transformando-a numa votação por correspondência, mas muitas vozes na Polónia manifestaram a sua preocupação de que essa forma de votação, organizada num tão curto espaço de tempo, pudesse não ser conduzida de forma apropriada ou mesmo justa.
Um desentendimento entre Kaczynski e Gowin tinha criado um impasse que ameaçava causar uma crise política maior. Este acordo sugere que essa crise foi evitada.
No domingo, o vice-primeiro-ministro encarregado da organização das presidenciais na Polónia disse não acreditar que as eleições se realizassem na data prevista, porque a legislação que autoriza o voto por correio está por aprovar.
Jacek Sasin, citado pela Associated Press, disse à data que o Governo estava a considerar adiar a votação para 17 de maio ou para 23 de maio, datas sugeridas na semana passada pelo primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A Europa soma mais de 149 mil mortos e mais de 1,6 milhões de casos.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.