Governo alemão vai propor prolongar distanciamento social até 5 julho
O Governo alemão vai propor o prolongamento das medidas de distanciamento social até 5 de julho, por considerar que, sem elas, o número de contágios voltaria a subir "muito rapidamente".
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Mundo Covid-19
A proposta consta de um documento preparado pela chancelaria e que vai ser apresentado às reuniões de coordenação da resposta à pandemia entre o Governo federal e os governadores dos 16 Estados da Alemanha, segundo a agência AFP.
O projeto de resolução define que a distância de segurança entre pessoas deve ser de 1,5 metros.
A obrigatoriedade do uso de máscara "em determinados locais públicos" também deve manter-se e, "na medida do possível", "as reuniões privadas devem realizar-se ao ar livre, onde o risco de infeção é bastante mais baixo".
O novo coronavírus "continua ativo e, sem estas medidas, propaga-se muito rapidamente", adverte-se no documento.
O porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, explicou que o objetivo da proposta é que se mantenham as restrições, e não que haja simples recomendações.
A Alemanha registou nos últimos dias dois novos surtos, um num restaurante de Leer, no noroeste, perto da fronteira com a Holanda, e outro numa igreja de Frankfurt (centro).
Estes casos, segundo o porta-voz, ilustram o que pode acontecer quando as regras não são respeitadas.
O país, que tem registado uma taxa de mortalidade mais baixa que a de países com número semelhante de casos, viu no domingo o governador da Turíngia (leste) dar sinais de querer quebrar a cooperação que tem havido na gestão da pandemia entre o governo federal e os executivos regionais.
O governador, Bodo Ramelow, disse esperar levantar a 06 de julho as restrições que ainda se mantêm, e hoje, o governador do Estado vizinho da Saxónia, Michael Krretschmer, disse querer "uma mudança paradigmática" das regras a 06 de julho.
A Alemanha registava hoje 178.570 casos de infeção e 8.257 mortes, segundo o Instituto Robert Koch.
Surgido em dezembro na China, o vírus SARS-CoV-2 já infetou mais de 5,4 milhões de pessoas, quase 345 mil das quais morreram, em todo o mundo, segundo um balanço de hoje da AFP.
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