"São todos moçambicanos, sendo nove assintomáticos e um com sintomatologia leve a moderada", disse Rosa Marlene, falando durante a atualização de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde, em Maputo.
Os 10 novos casos foram registados nas províncias de Cabo Delgado (nove) e Nampula (um), todas no norte de Moçambique.
"As pessoas encontram-se em isolamento domiciliar e neste momento decorre o processo de mapeamento dos contactos", acrescentou.
Dos 254 casos registados em Moçambique, 228 são de transmissão local e 26 são importados, havendo registo de dois mortos e duas pessoas internadas.
As autoridades indicam ainda que 91 pessoas estão recuperadas.
Do total de casos já registados, 145 estão na província de Cabo Delgado, 14 em Nampula, dois na Zambézia, 47 na cidade de Maputo, um em Niassa, 22 na província de Maputo, 12 em Sofala, quatro em Tete, um em Manica, três em Inhambane e também três em Gaza.
Desde o anúncio do primeiro caso no país, em 22 de março, foram feitos pouco mais de 10 mil testes e foram submetidas a quarentena cerca de 16 mil pessoas das mais de 800 mil rastreadas, continuando 1.300 a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.
Segundo dados das autoridades moçambicanas, há um total de 215 moçambicanos em vários países do mundo que já manifestaram a intenção de voltar para Moçambique, estando o Governo a organizar-se para apoiar o grupo.
Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril até finais de junho, após duas prorrogações.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 369 mil mortos e infetou mais de seis milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.
Em África, há 4.069 mortos confirmados em mais de 141 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções (1.306 casos e 12 mortos), seguida da Guiné-Bissau (1.256 casos e oito mortos), Cabo Verde (421 casos e quatro mortes), São Tomé e Príncipe (479 casos e 12 mortos), Moçambique (254 casos e dois mortos) e Angola (77 infetados e quatro mortos).
O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 27.878 mortos e mais de 465 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,7 milhões) e à frente da Rússia (mais de 405 mil).