Governo britânico só vai reavaliar quarentena no final de junho

O governo britânico só vai reavaliar no final de junho as condições de uma quarentena de duas semanas para chegadas do estrangeiro ao Reino Unido imposta devido à pandemia de covid-19, afirmou hoje a ministra do Interior, Priti Patel. 

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© Reuters

Lusa
03/06/2020 20:00 ‧ 03/06/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"A primeira revisão será realizada na semana que começa em 28 de junho e as medidas serão avaliadas continuamente a partir de então, juntamente com todas as outras medidas para combater esta doença", disse hoje no parlamento britânico.

A partir de 8 de junho todas as pessoas que cheguem ao Reino Unido, incluindo britânicos, por via aérea, marítima ou ferroviária vão ser obrigadas a permanecer em isolamento durante 14 dias para reduzir a probabilidade de infeção.

As transgressões serão puníveis com multas de mil libras (1.100 euros), estando isentas pessoas vindas da Irlanda, motoristas de transportes de mercadorias, médicos que estejam envolvidos no combate à pandemia de covid-19 e trabalhadores agrícolas sazonais. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse hoje à BBC Radio 4 que o governo está em negociações para estabelecer uma "ponte aérea" que permita aos turistas britânicos que visitem Portugal evitar a quarentena no regresso. 

Patel admitiu que tem existindo "um envolvimento com embaixadas" estrangeiras para explicar esta medida, mas vincou que só após uma avaliação dos resultados é que poderão ser admitidos corredores de viagens internacionais. 

"Quaisquer abordagens internacionais serão bilaterais e acordadas com os outros países envolvidos e, é claro, precisaremos de garantir que esses países são considerados seguros", disse. 

A ministra disse que serão tornados públicos no futuro critérios que têm de ser satisfeitos para as medidas de saúde serem levantadas, nomeadamente a taxa de infeção e transmissão internacional e a credibilidade da informação, as medidas implementadas pelos outros países, níveis de casos importados de outros países e o nível de testes.

A imposição da quarentena foi recebida com desagrado pelo setor dos transportes aéreos e do turismo e tem atraído críticas de deputados do partido Conservador. 

Na semana passada, mais de 200 empresas, incluindo hotéis, operadores turísticos e restaurantes como Claridges, Ritz ou o grupo Mandarin Oriental, escreveram uma carta à ministra do Interior, alegando que os planos do governo são impraticáveis e que prejudicam o setor, que movimenta cerca de cinco mil milhões de libras (5,6 mil milhões de euros). 

"A última coisa de que a indústria de turismo precisa é de uma quarentena obrigatória que vai impedir os turistas estrangeiros de virem para cá, vai impedir os turistas do Reino Unido de viajarem para o exterior e provavelmente vai fazer com que outros países imponham condições de quarentena recíproca aos visitantes britânicos", lamentaram.

O Reino Unido é o país com o segundo maior número de mortes a nível mundial, atrás do EUA, durante a pandemia, tendo registado até hoje registado 39.728 óbitos

Porém, de acordo com estatísticas e números oficiais, o balanço já chegou às 50.000 mortes, se forem incluídos casos suspeitos de pessoas que não foram testadas. 

 

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