UE incentiva Arménia e Azerbaijão a terminarem com "confrontos armados"

O alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, incentivou hoje a Arménia e o Azerbaijão a terminarem os "confrontos armados" entre os dois países e a atuarem de forma a evitar a escalada do conflito.

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Lusa
22/07/2020 19:55 ‧ 22/07/2020 por Lusa

Mundo

Confrontos

 

A tensão entre o Azerbaijão e a Arménia, que dura já há três décadas e é motivada pelo controlo da região de Nagorno Karabakh, território do Azerbaijão ocupado pelos arménios, agravou-se em 12 de julho.

Segundo noticia a agência EFE, o confronto junto à fronteira naquela região resultou até agora em pelo menos 17 mortos, quatro deles arménios.

"Josep Borrell incentivou as duas partes a terminarem com os confrontos armados e a absterem-se de ações ou discursos que provoquem tensões", destaca o comunicado do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE).

O diplomata espanhol teve hoje uma conversa telefónica conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros arménio, Zohrab Mnatsakanyan, e o homólogo deste do Azerbaijão, Jeyhun Bayramov.

O comunicado do SEAE acrescenta também que Josep Borrell pediu ainda aos governantes que se abstenham de realizar "mais ameaças a infraestruturas críticas da região".

O alto representante "incentivou ambas as partes a reafirmarem o seu compromisso com o cessar-fogo e a tomarem medidas imediatas para evitar uma maior escalada".

O conflito entre os dois países remonta aos tempos da União Soviética, quando em finais da década de 1980 o território do Azerbaijão, Nagorno Karabakh, que é habitado maioritariamente por arménios, pediu a sua incorporação na vizinha Arménia, o que resultou numa guerra que causou cerca de 25 mil mortos.

No final dos combates, que se prolongaram até 1994, as forças arménias ficaram com o controlo de Nagorno Karabakh e também ocuparam vastos territórios do Azerbaijão, que ficou conhecida como 'franja de segurança'.

O Azerbaijão defende que a solução para encontrar uma solução com a Arménia passa necessariamente por uma libertação dos territórios ocupados, pedido que já foi apoiado por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A Arménia, por seu lado, apoia o direito à autodeterminação de Nagorno Karabakh e defende a participação dos representantes do território separatista nas negociações sobre uma solução para o conflito.

 

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