A grande rival de Lukashenko, a opositora Svetlana Tikhanovskaia, obteve 9,9% dos votos, de acordo com os primeiros resultados oficiais da Comissão Eleitoral bielorrussa.
No domingo, as presidenciais ficaram marcadas por várias manifestações em diferentes cidades e na capital, Minsk, em protesto contra a vitória anunciada de Lukashenko, de 65 anos, para um sexto mandato presidencial consecutivo.
"A polícia tem o controlo da situação em relação às ações de massas não autorizadas", indicou a agência na rede Telegram, ao citar o Ministério do Interior.
De acordo com diversos 'media', registaram-se vários feridos entre os manifestantes, com a difusão de imagens de pessoas com as caras ensanguentadas.
A polícia recorreu a granadas sonoras e balas de borracha para dispersar os manifestantes no centro de Minsk, onde milhares de manifestantes se reuniram durante a noite em diversos locais, indicaram. Foi ainda divulgada a ocorrência de confrontos entre manifestantes e a polícia.
Segundo estas informações, terão ainda ocorrido intervenções policiais durante concentrações da oposição em diversas cidades do país.
A campanha eleitoral para as presidenciais foi assinalada por uma mobilização sem precedentes em apoio de Svetlana Tikhanovskaia, sem experiência política prévia.
Desde a chegada de Lukashenko ao poder, em 1994, nenhuma corrente da oposição conseguiu afirmar-se na paisagem política bielorrussa. Muitos dos dirigentes foram detidos, à semelhança do que sucedeu neste escrutínio, e em 2019 nenhum opositor foi eleito para o parlamento.