"Desejamos que o povo bielorrusso tenha a liberdade que reclama", disse Mike Pompeo numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro checo, Andrej Babis.
"Exigimos que os manifestantes sejam protegidos", disse o secretário de Estado norte-americano, que se encontra na capital da República Checa.
A polícia deteve mais de 1.000 pessoas na Bielorrússia durante a noite de terça-feira e madrugada de hoje no âmbito dos protestos contra os resultados das presidenciais do país, anunciaram as autoridades.
As manifestações ocorreram em 25 cidades bielorrussas e, segundo a porta-voz do Ministério do Interior, Olga Chemodanova, juntaram milhares de pessoas, tal como já tinha acontecido nos dois dias anteriores.
A Comissão Eleitoral do país informou que o Presidente, Alexander Lukashenko, conquistou o seu sexto mandato com uma vitória nas eleições de domingo, em que reuniu 80% dos votos.
A principal candidata da oposição, Sviatlana Tsikhanouskaya, cujas ações de campanha atraíram multidões de eleitores frustrados com o governo autoritário de 26 anos de Lukashenko, terá obtido apenas 10% dos votos.
A polícia, enviada para dispersar os protestos pós-eleitorais, usou cassetetes, gás lacrimogéneo e balas de borracha.
Um manifestante morreu na segunda-feira num confronto com a polícia que provocou dezenas de feridos, muitos quais, segundo o grupo bielorrusso de direitos humanos Viasna, não procuram ajuda médica.
"Têm medo de ser acusados de participar nos protestos", explicou o advogado da Viasna, Pavel Sapelko.