Filipe Nyusi advogou o imperativo da colaboração no combate ao novo coronavírus, falando no discurso de encerramento da 40.ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC, que se realizou hoje em Maputo.
"Em tempo de pandemia da covid-19, exige-se de todos nós esforços adicionais e maior solidariedade", declarou o Presidente de Moçambique.
A resposta à pandemia, acrescentou, deve estar assente na coordenação e concertação de ações e meios.
Na declaração final da cimeira de Maputo, os chefes de Estado e de Governo da SADC assinalam que tomaram nota do impacto da covid-19 nas economias dos Estados-membros.
A organização avança que encetou "as medidas propostas destinadas a fazer face aos efeitos causados pela covid-19 nos diversos setores", mas não especifica o tipo de intervenções que serão implementadas.
A SADC é uma organização integrada por 16 Estados-membros e foi estabelecida em 1980, como Conferência de Coordenação do Desenvolvimento da África Austral (SADCC) e, mais tarde, em agosto de 1992, transformada em Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
África do Sul, Angola, Botsuana, Comores, República Democrática do Congo, Essuatíni, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué são os Estados-membros da SADC.
A África do Sul é o quinto país do mundo e o mais afetado pelo novo coronavírus no continente africano, com 587.345 infeções e 11.839 mortos.
O número aponta para o facto de mais de metade de todos os casos de covid-19 detetados em África terem sido registados na África do Sul, ainda que deva ser sublinhado que nem todos os 55 países do continente fornecem dados tão fiáveis como a nação no seu extremo sul.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.