O presidente-executivo do instituto que é maior produtor mundial de vacina, o indiano Serum Institute of India, disse que não vai haver vacinas para inocular toda a gente à escala global antes de 2024.
Em entrevista ao Financial Times, Adar Poonawalla explicou que as empresas farmacêuticas não conseguem produzir com a rapidez necessária, sobretudo se a vacina consistir em duas doses por doente.
"Vai demorar quatro ou cinco anos até que toda a gente tenha acesso à vacina, a nível planetário", disse o responsável.
Assumindo que a vacina seja de duas de doses, como é comum noutras doenças, Poonawalla estima que sejam necessárias 15 mil milhões de doses para inoculação global.
A instituição indiana tem parcerias com cinco grandes farmacêuticas, incluindo a AstraZeneca, que está a testar a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Recorde-se que a universidade e a farmacêutica já retomaram os ensaios clínicos da vacina, após terem sido interrompidos depois de um voluntário do Reino Unido ter sofrido uma reação adversa.
Num comunicado divulgado no fim de semana, a Universidade de Oxford indicou que as provas da vacina, denominada ChAdOx1 nCoV-19, foram colocadas em pausa no passado dia 6 de setembro, como medida de precaução. Esta possível vacina, considerada uma das mais avançadas das que se desenvolveram em todo o mundo, está nas fases finais dos ensaios clínicos.