Governo espanhol começa a analisar pedidos de indultos de separatistas

O Governo espanhol vai começar na próxima semana a analisar os pedidos de perdão (indultos) dos líderes separatistas catalães a cumprir penas de prisão de nove a 13 anos pelo seu envolvimento na tentativa independentista de 2017.

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© Reuters

Lusa
23/09/2020 12:11 ‧ 23/09/2020 por Lusa

Mundo

Catalunha

 

O Ministro da Justiça espanhol, Juan Carlos Campos, revelou hoje no parlamento que os pedidos de indulto dos políticos e ativistas, que foram considerados culpados em outubro do ano passado do delito de sedição, começariam na próxima semana.

Segundo fontes governamentais citadas pela agência Efe o processo de revisão da situação em que se encontram os 12 independentistas "pode demorar mais de seis meses".

Nove dos 12 separatistas considerados culpados foram condenados a penas de prisão de nove a 13 anos pelo Supremo Tribunal espanhol.

O Ministério da Justiça espanhol está a processar 12 casos, porque a primeiro solicitação de indulto, que deu entrada em janeiro passado, pedia o perdão para a totalidade dos condenados, embora apenas nove tenham sido condenados a penas de prisão: Oriol Junqueras, Raúl Romeva, Jordi Turull, Dolors Bassa, Carme Forcadell, Joaquim Forn, Josep Rull, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart.

O anúncio feito hoje surge numa altura em que o presidente regional da Catalunha, o também separatista Quim Torra, aguarda a decisão do Supremo Tribunal num caso à parte que poderá resultar na sua exoneração por ter violado as leis eleitorais e afixado no exterior da sede do executivo regional um cartaz separatista, aquando das eleições legislativas de abril de 2019.

O Governo minoritário espanhol está neste momento envolvido em negociações complicadas para aprovar um novo orçamento no qual poderá necessitar do apoio dos deputados dos partidos políticos separatistas da Catalunha no parlamento nacional.

Os partidos da oposição de direita receiam que os indultos possam servir como moeda de troca do apoio ao projeto de orçamento.

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