Centenas de ambientalistas em protesto invadem mina de carvão na Alemanha
Centenas de manifestantes anti-carvão invadiram uma mina na região oeste da Alemanha para protestar contra a autorização para continuar a mineração desta matéria-prima até 2038 e contra a utilização de combustíveis fósseis, adiantou a AP.
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Mundo Alemanha
Para os ativistas, o prazo para pôr fim à mineração de carvão decretado pelo Governo alemão, num país que é também a maior economia europeia, é demasiado tarde para assegurar um combate efetivo contra as alterações climática.
Vestidos com fatos-macaco coloridos e enfrentando vento e chuva, os ativistas também protestaram contra a planeada destruição de várias aldeias para abrir caminho à expansão da mina de Garzweiler, a oeste de Colónia, adiantou a Associated Press (AP).
Um jornalista da AP no local testemunhou que alguns manifestantes passaram as barreiras policiais durante a manhã, sendo depois detidos pelos agentes. A empresa de distribuição de gás e eletricidade RWE adiantou também que alguns manifestantes entraram nas instalações de armazenamento de carvão.
A mina de Gaezweiler e as centrais elétricas nas imediações têm sido alvo de protestos desde há vários anos, com os ambientalistas a afirmarem que são a maior fonte de poluição e emissão de gases com efeito de estufa na Europa.
Os ativistas esperam reunir cerca de 3.000 pessoas em protesto naquele local ao longo do dia de hoje, adiantou a EFE.
"Estamos aqui hoje para desmascarar o gás natural como destruidor do clima. O gás natural limpo é uma suja mentira. É uma loucura investir milhares de milhões em gás natural, canais e portos para gás e petróleo obtidos através de 'fracking' [técnica de fratura hidráulica para extração de combustíveis] em vez de investir em energias renováveis", lê-se no comunicado do movimento ativista Ende Galände.
"Depois de protestar na sexta-feira em mais de 450 cidade em toda a Alemanha a favor da justiça climática, hoje manifestamo-nos com o 'Ende Galände" na Renânia para exigir o rápido abandono do uso de carvão", disse, por seu lado, Lina Gobbelé, do movimento Fridays for Future, adiantou a EFE.
Para respeitar as normas de higiene e distanciamento exigidas pela pandemia de covid-19, a ação de protesto dividiu-se em quinze marchas repartidas por pontos diferentes de toda a bacia de extração mineira.
Na sua mensagem semana em vídeo, a chanceler alemã, Angela Merkel, apelou ao sábado pelo desenvolvimento sustentável, para fazer face à ameaça do aquecimento global, referindo-se ao crescente recurso a energias renováveis no país, mas sem mencionar as minas de carvão, adiantou a AP.
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