Nick Carter, o chefe militar da Defesa britânica, considera que a Rússia está a tentar destabilizar os outros países ao semear desinformação relativamente à vacina contra a Covid-19, que é rapidamente difundida pela comunicação social.
Em declarações ao Guardian, o responsável militar vincou que a tática adotada reflete uma estratégia de “guerra política” agressivamente empreendida por Pequim, assim como por Moscovo, “projetada para minar a coesão” em todo o oeste.
O general vai ainda mais longe ao acusar "os rivais autocráticos" de "manipularem a informação" para explorar a crise motivada pela Covid-19.
Estas "narrativas de desinformação", como apelidou, têm o intuito de serem divulgadas nos grupos de antivacinação nas redes sociais. Nick Carter citou, como exemplo, um caso descoberto no início do verão por australianos, que rapidamente se espalhou na Ucrânia.
Em julho, detalhou, foi divulgado um falso comunicado de imprensa, de acordo com o qual os EUA tinham realizado testes de vacinas em voluntários ucranianos, alguns dos quais morreram.
Ora, garante o responsável que esses testes nunca aconteceram, mas a narrativa espalhou-se e foi inclusive partilhada num grupo antivacinação australiano do Facebook.