Autoridades curdas vão libertar 25 mil pessoas associadas ao ISIS
A autoridade autónoma curda da Síria anunciou hoje que vai libertar perto de 25.000 sírios ligados ao autodenominado Estado Islâmico (EI), maioritariamente mulheres e crianças, detidos no campo Al Hol, e que deixará os restantes 45.000 detidos estrangeiros.
© Reuters
Mundo Daesh
"Tiraremos os sírios do campo, deixando apenas os estrangeiros, com quem lidaremos de uma forma diferente", anunciou Ilham Ahmed, presidente do comité executivo do Conselho Democrático Sírio, o braço político das Forças Democráticas Sírias (SDF), uma aliança armada liderada pelos curdos da Síria.
Ilham Ahmed lamenta que o campo Al Hol "seja um pesado fardo sobre os ombros" da autoproclamada Administração Autónoma do Norte e Leste da Síria, divulgou o Conselho Democrático Sírio, que administra o território curdo na Síria.
Mais de 70.000 pessoas estão detidas em Al Hol, praticamente todas as mulheres e crianças associadas a membros do Estado islâmico que foram detidas após a libertação pelas milícias curdas de áreas controladas por 'jihadistas'.
Esta não é a primeira vez que o Conselho Democrático Sírio ameaça libertar os familiares dos membros do EI que estão em campos de refugiados, para cuja administração tem pedido reiteradamente o apoio da comunidade internacional.
A administração autónoma curda acrescentou que "não é obrigada a gastar quantidades exorbitantes de dinheiro para fornecer a estas pessoas alimentos e outros bens, e muito menos para lidar com os problemas que ocorrem dentro do campo, incluindo assassinatos e violações.
A presidente do Comité Executivo disse que a libertação dos sírios está pendente de uma resolução que já foi solicitada ao conselho legislativo do Conselho Democrático Sírio e que foi classificada como uma "amnistia geral".
Uma vez concedida -- acrescentou a responsável -- "os que permanecerem no campo deixarão de ser da responsabilidade da Administração Autónoma e, consequentemente, passarão a ser considerados prisioneiros".
O campo Al Hol, bem como o campo da Cruz Vermelha, têm sido uma fonte de desacordo entre a Administração Autónoma do Norte e Leste da Síria e a comunidade internacional, uma vez que a maioria dos países se recusou a tomar conta dos seus nacionais ali detidos.
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