A três semanas das eleições presidenciais, marcadas para 03 de novembro, o senador republicano disse que está preocupado com o rumo do debate político nos EUA, mergulhado "num clima "abusivo e cheio de ódio, impróprio para um país livre, que ainda por cima é o berço da democracia moderna".
Mitt Romney - que por várias vezes entrou em rota de colisão com Donald Trump, apesar de pertencerem ao mesmo partido, tendo mesmo sido o único senador republicano a votar favoravelmente o processo de 'impeachment' do Presidente, no início deste ano - aponta o dedo aos políticos de ambos os partidos.
My thoughts on the current state of our politics: pic.twitter.com/oYY4zlX6ZP
— Mitt Romney (@MittRomney) October 13, 2020
Mas a escolha de exemplos tende a mostrar que o Presidente Trump, recandidato a um segundo mandato, é particularmente destacado nas críticas de Romney, que acabou por poupar o candidato democrata, Joe Biden, dizendo que até que ele "se recusa a rebaixar-se ao nível dos outros".
"O Presidente chama a candidata democrata à vice-presidência (Kamala Harris) de 'monstro'; ele chama repetidamente a líder da câmara de representantes (Nancy Pelosi) de "louca"; ele pede ao Departamento de Justiça para prender o ex-Presidente (Barack Obama)", denunciou Mitt Romney, numa mensagem na sua conta da rede social Twitter.
Romney, apesar de também visar os políticos do Partido Democrata, é menos duro com eles, colocando o Presidente na mira principal dos seus ataques.
Em relação à oposição democrata, o senador republicano critica apenas o facto de Nancy Pelosi "ter rasgado o discurso do Presidente sobre o Estado da União, ao vivo na televisão", numa referência a um episódio que data do início do ano.
Romney também criticou um vídeo recente em que um comentador político próximo dos democratas, Keith Olbermann, apelidou Donald Trump de "terrorista".
"Esses ataques raivosos", "amplificados pelos 'media' de direita e de esquerda (...) incitam os promotores de teorias da conspiração", lamentou o senador.
"O mundo olha para a América com horror tingido de desprezo", acrescentou Romney, dizendo que "muitos americanos temem" pelo seu próprio país, "tão dividido, tão furioso, tão mau, tão violento".
"É hora de baixar a temperatura. Os líderes devem baixar o tom", concluiu o senador republicano na sua mensagem no Twitter.