"O presidente ficou hoje em quarentena, porque um guarda-costas testou positivo à covid-19", disse à AFP um dos seus porta-vozes.
O guarda-costas infetado faz parte do comando do escritório federal da polícia criminal e é uma pessoa de contacto de primeiro grau do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, de 64 anos.
Steinmeier esteve em contacto com este guarda-costas "muitos dias" da semana passada, indicou fonte da presidência, referindo que o presidente foi testado à covid-19 e ainda aguarda o resultado.
No final de março, a chanceler alemã, Angela Merkel, também tomou a precaução de ficar em quarentena durante quase duas semanas depois de ter estado em contacto com um médico infetado.
No período de quarentena, Angela Merkel realizou três testes ao novo coronavírus, que deram todos negativo.
De acordo com a agenda, Steinmeier tinha previsto, inicialmente, apresentar o Prémio da Paz dos Livreiros Alemães no domingo, no âmbito do encerramento da Feira do Livro de Frankfurt.
Nas últimas 24 horas, a Alemanha registou 33 mortes devido à covid-19 e 7.830 novas infeções pelo novo coronavírus, o que representa um novo máximo pelo terceiro dia consecutivo, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Robert Koch (RKI) de virologia.
Desde o início da pandemia a Alemanha registou 356.387 contágios confirmados, 9.767 mortes sendo que o RKI estima que 287.600 pessoas tenham superado a doença.
Na semana passada, Angela Merkel reuniu-se com os chefes de Governo dos 16 estados federais para coordenar medidas contra o aumento da pandemia, em que o resultado mais importante do encontro foi o consenso de que medidas especiais deveriam ser tomadas quando num distrito ou cidade a incidência semanal ultrapassasse 50 novas infeções por 100.000 habitantes.
Em Berlim, onde a incidência semanal é de 88 infeções, foi decretado que os bares e restaurantes teriam que fechar às 23:00, mas os tribunais declararam esta medida desproporcional.
Além disso, a proibição de hotéis de hospedar pessoas de bairros com incidência semanal de mais de 50 infeções por 100.000 habitantes foi questionada por tribunais em vários estados federais.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais 39,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.