O chefe de Estado sul-africano respondia a perguntas dos deputados na Cidade do Cabo, sobre vários temas, nomeadamente a covid-19, a grande corrupção na administração pública, a violência do género e a controversa visita ao vizinho Zimbabué, realizada recentemente por líderes do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o partido no poder, num avião fretado pela ministra da Defesa.
Ramaphosa, que também preside ao ANC, disse "não haver razões para alarmismos", apesar do aumento do número de infeções da covid-19 para 716.759 casos positivos, naquele que é o país com mais casos no continente africano, e que registou cerca de 900 novas infeções nas últimas 48 horas, segundo as autoridades de saúde sul-africanas.
Nesse sentido, o Presidente da República indicou que falará à nação no decurso da próxima semana.
"Os números estão a aumentar, mas ainda temos capacidade hospitalar. O confinamento permitiu-nos chegar a este ponto em que sentimos que há um equilíbrio; que existem infeções, mas também hospitais com capacidade", declarou.
Ramaphosa disse que "falar de um retorno a um confinamento rígido é prematuro", acrescentando que "o que é necessário por enquanto é respeitar estritamente os protocolos de segurança da covid-19".
De acordo com Ramaphosa, "há muitos sul-africanos que não estão a aderir às medidas de prevenção da covid-19", acrescentando que "têm havido ajuntamentos que são eventos de grande propagação de contágio".
O chefe de Estado sublinhou também que a África do Sul "aprendeu muito sobre como tratar os sintomas do vírus".
A África do Sul, que já realizou 4,7 milhões de testes da covid-19 desde 27 março, regista 716.759 casos positivos de infeção de covid-19, contabilizando ainda 646.721 recuperações e 19.008 mortes, segundo as autoridades da saúde.
Em África, há 41.609 mortos confirmados em mais de 1,7 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.