Entre estas medidas pode estar um novo confinamento da população.
A intervenção de Macron vai ocorrer depois de o gabinete de crise ministerial ter feito duas reuniões e de o seu primeiro-ministro, Jean Castex, ter reunido hoje com forças partidárias representadas no parlamento, associações de autarcas e parceiros sociais.
O chefe do governo considerou "indispensável" adotar novas medidas, menos de duas semanas depois de instaurar um recolher obrigatório a dois terços da população, que não conseguiu deter o avanço dos contágios.
"Temos que mobilizar os representantes nacionais e o conjunto do país", escreveu Castex na rede social Twitter, adiantando que na quinta-feira vai às duas câmaras parlamentares defender o plano para travar a propagação do vírus.
Segundo vários meios de comunicação, o executivo gaulês pondera várias hipóteses, entre as quais ganha peso um novo confinamento da população, meio ano depois do que se viveu no país entre março e maio últimos.
A avançar agora, seria menos rigoroso, mantendo abertas escolas e outras atividades essenciais.
Outras possibilidades são as de um confinamento local, de alguns departamentos mais afetados, ou um simples endurecimento do recolher obrigatório, opção que parece estar a perder peso.
"Devemos esperar decisões difíceis", alertou hoje o ministro do Interior, Gérald Darmanin, evocando as novas restrições previstas em Itália, Espanha e República Checa.
A circulação do vírus "está fora de controlo", estimou o infeciologista Gilles Pialoux, na estação televisiva BFM-TV, apelando explicitamente a "reconfinar o país".
As organizações patronais já preveniram para o risco de a economia afundar.
"Se reconfinarmos totalmente, como em março, vamos para um afundamento da economia francesa e arriscamo-nos a não recuperar", avisou o presidente da organização patronal Medef, Geoffroy Roux de Bézieux.
Entretanto, o governo indicou hoje que as residências de idosos vão contar, a partir dos próximos dias, testes rápidos de antigénios para procurar reduzir os prazos de diagnóstico e evitar os focos de contágio.
A ministra Brigitte Bourguignon justificou a novidade, por ser um mecanismo necessário par realizar diagnósticos rápidos e "evitar focos perigosos em uma segunda vaga, que está a ser muito forte".