De acordo com a porta-voz do Ministério da Saúde, Isabel dos Santos, os casos recuperados da doença estimam-se em 902, estando em isolamento domiciliar 24 cidadãos.
Esses números preocupam o Governo, que considera estar a haver um "relaxamento da população".
O executivo considera que é preciso evitar-se que "a situação fuja do controlo" das autoridades sanitárias, e por isso pondera impor novas medidas de emergência para conter o "relaxamento e os excessos" da população em relação à covid-19.
A decisão saiu hoje da reunião do Comité de Crise, presidida pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, e em que participaram representantes do parlamento, dos partidos políticos, autarquias e do governo regional do Príncipe, forças militares e paramilitares.
"Nós estamos num estado de alerta, que termina no dia 15 do próximo mês. Vai haver necessidade de reativar novamente todo o trabalho preventivo de sensibilização, de comunicação, vamos reativar as rondas conjuntas entre as forças armadas e a polícia nacional", disse o primeiro-ministro, no final do encontro.
O executivo diz ter informações de realizações de festas noturnas ilegais em vários locais do país.
"Não podemos abrir mais brechas para a abertura de discotecas e outras atividades de diversão noturnas, muito pelo contrario, vamos ter que tomar algumas medidas no sentido de se controlar essas festas clandestinas que acontecem", sublinhou Jorge Bom Jesus.
O Governo angolano está, entretanto, a analisar a "solicitação" das autoridades angolanas para a retoma dos voos da Transportadora Aérea Angolana (TAAG).
"À semelhança do que já acontece com a Europa através dos voos da TAP e da STP Airwyas, naturalmente que vamos anuir, até porque São Tomé e Príncipe não poderá sobreviver economicamente fechado e esta via - Angola - é fundamental para a nossa economia", garantiu o chefe do executivo.
Em África, há 41.609 mortos confirmados em mais de 1,7 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Angola regista 270 óbitos e 9.644 casos, seguindo-se Cabo Verde (94 mortos e 8.423 casos), Moçambique (89 mortos e 12.273 casos), Guiné Equatorial (83 mortos e 5.083 casos), Guiné-Bissau (41 mortos e 2.413 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 941 casos).
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (quase 5,4 milhões de casos e 157.397 óbitos), depois dos Estados Unidos.