Vacinação. OMS pede a África maior colaboração com comunidades

A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou hoje aos países africanos para desenvolverem uma maior colaboração com as suas comunidades de forma a melhorar a adoção das vacinas contra a covid-19 quando estas estiverem disponíveis.

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Lusa
10/12/2020 17:17 ‧ 10/12/2020 por Lusa

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Covid-19

 

De acordo com um comunicado hoje divulgado pelo gabinete regional da OMS para África, um instrumento de avaliação da preparação para a vacinação para os países da região africana da organização aponta que o reforço do envolvimento da comunidade é de apenas 12%, "muito abaixo da pontuação ótima de pelo menos 80%".

"O envolvimento com a comunidade - um aspeto crucial para adoção da vacina - está entre as categorias menos avançadas no instrumento de avaliação", refere o documento.

Entre as restantes categorias do instrumento são avaliados também o planeamento e coordenação, a mobilização de recursos, a regulação de vacinas, prestação de serviços, formação e supervisão, monitorização e avaliação, logística das vacinas, e segurança e vigilância das vacinas.

"O sucesso de qualquer campanha de imunização depende da confiança e aceitação por parte das comunidades. É vital que as equipemos com a informação certa, dissipemos quaisquer receios e abordemos as preocupações", afirmou a diretora-regional da OMS para África, Matshidiso Moeti.

A OMS acredita que o envolvimento das comunidades "aumenta a probabilidade de que estas assumam a liderança nas questões que as afetam, facilita o acesso e a utilização dos serviços".

"As vacinas são a nossa melhor esperança para pôr fim a esta pandemia. Ainda que todos os esforços estejam a ser feitos para uma imunização bem-sucedida, sem o apoio das comunidades podem facilmente ser frustrados", acrescentou Moeti.

O comunicado acrescenta que a OMS e os seus parceiros estão a trabalhar com governos e fabricantes de vacinas, através do mecanismo COVAX - iniciativa conjunta da Aliança Global para as Vacinas (GAVI), da Coligação para a Inovação na Prevenção de Epidemias (CEPI) e da OMS - para a aquisição de doses para cobrir 20% da população africana, com os grupos de risco a representarem o foco inicial.

Em África, há 54.917 mortos confirmados em mais de 2,3 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Entre os países lusófonos, Angola regista 358 óbitos e 15.804 casos, seguindo-se Moçambique (139 mortos e 16.521 casos), Cabo Verde (109 mortos e 11.192 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.183 casos), Guiné-Bissau (44 mortos e 2.444 casos) e São Tomé e Príncipe (17 mortos e 1.005 casos).

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.570.398 mortos resultantes de mais de 68,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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