O Governo do Presidente Donald Trump está a acelerar o ritmo das execuções de prisioneiros condenados à morte, anunciando cinco desde a passada semana e até poucos dias antes da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, em 20 de janeiro.
Se vierem a realizar-se estas cinco execuções terá havido 13 desde julho, quando o Governo do Presidente Donald Trump retomou a concretização das penas de morte, apesar da redução de apoio a este género de sentença dentro dos partidos Republicano e Democrata.
Hoje, chegou a vez da execução de Alfred Bourgeois, de 56 anos, cujos advogados dizem que tem um QI que o coloca na categoria de deficientes mentais, alegando que esse fator o deveria ter tornado inelegível para a pena de morte, segundo a lei federal.
Bourgeois será o décimo preso federal no corredor da morte desde a retomada das execuções federais sob o Presidente Donald Trump, em julho, e após um hiato de 17 anos.
Os advogados de Bourgeois afirmam que a aparente pressa do Presidente republicano em realizar as execuções antes da tomada de posse de Joe Biden, que é um adversário da pena de morte, privou o seu cliente dos seus direitos de esgotar as opções legais.
Vários tribunais de recurso concluíram que nem as evidências nem a lei criminal sobre a deficiência intelectual apoiam as reivindicações da equipe jurídica de Bourgeois.
Na quinta-feira, um outro preso federal, Brandon Bernard, foi executado por causa da sua participação no assassínio de um casal religioso de Iowa, em 1999, depois de ele e outros membros adolescentes de um gangue de rua terem roubado e sequestrado e roubaram Todd e Stacie Bagley no Texas.
Várias figuras conhecidas, incluindo a estrela de 'reality show' Kim Kardashian West, pediram a Trump para comutar a sentença de Bernard para prisão perpétua, alegando, entre outras razões, a juventude de Bernard na época do crime e o remorso que ele expressou ao longo dos anos.