Em comunicado, o executivo comunitário informa ter assinado hoje um contrato-quadro com estas duas empresas do setor farmacêutico, "que permite a aquisição de mais de 20 milhões de testes rápidos de antigénios por até 100 milhões de euros, financiados pelo Instrumento de Apoio de Emergência".
Isto significa que, "a partir do início de 2021, estes testes serão disponibilizados aos Estados-membros, como parte da estratégia da UE para os testes covid-19", acrescenta o executivo comunitário.
Também hoje, a Comissão Europeia adotou formalmente uma proposta de recomendação do Conselho sobre um enquadramento comum para a utilização, validação e reconhecimento mútuo dos testes rápidos de antigénios.
Apesar de reconhecer que o teste com zaragatoa (o PCR) é a "metodologia mais fiável", o executivo comunitário aponta que, "devido ao seu uso crescente, que leva à escassez, e ao seu custo relativamente elevado e ao longo tempo necessário para produzir um resultado de teste", torna-se "cada vez mais aconselhável" o uso complementar de testes rápidos de antigénio em cenários específicos.
Bruxelas recomenda, por isso, que os Estados-membros recorram aos testes rápidos para "reforçar ainda mais a capacidade global de diagnóstico dos países", desde que assegurando que estes são "feitos por pessoal de saúde formado ou outros profissionais treinados [...] e em estrita conformidade com as instruções do fabricante e sujeitos a controlo de qualidade".
Para o executivo comunitário, estes testes rápidos devem ser principalmente usados para diagnóstico entre casos sintomáticos, contactos de casos confirmados, 'clusters' de surtos, rastreio em áreas de alto risco e ainda em locais fechados.
Podem, também, servir para "rastreio populacional em situações epidemiológicas ou áreas onde a proporção de positividade do teste é elevada ou muito elevada", aconselha Bruxelas.
Citada pelo comunicado, a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, vinca que os testes rápidos de antigénios oferecem "rapidez, fiabilidade e respostas rápidas para isolar os casos de covid-19".
"Isto é crucial para abrandar a propagação da pandemia", observa a responsável, insistindo que "os testes continuarão a ser fundamentais nos próximos meses", mesmo durante os períodos de vacinação.
Na quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a campanha de vacinação contra a covid-19 na União Europeia vai arrancar ainda este mês, nos dias 27, 28 e 29 de dezembro.
O anúncio surgiu numa altura em que a Agência Europeia do Medicamento está a acelerar os processos de autorização das vacinas desenvolvidas pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna.
A UE já tem uma carteira com seis potenciais vacinas e está a assegurar uma sétima, da farmacêutica Novavax.
O 'portfolio' já garantido por Bruxelas inclui as vacinas desenvolvidas AstraZeneca (300 milhões de doses), Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões), BioNTech e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões) e Moderna (160 milhões).