Jihadistas matam 5 soldados nigerianos durante emboscada a coluna militar

Cinco soldados nigerianos foram mortos no sábado por jihadistas de organização ligada ao grupo extremista Estado Islâmico, durante uma emboscada contra uma coluna militar no Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, revelaram hoje fontes de segurança.

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© Reuters

Lusa
20/12/2020 15:12 ‧ 20/12/2020 por Lusa

Mundo

Daesh

 

No sábado à noite, jihadistas armados com lançadores de foguetes abriram fogo contra uma coluna militar nos arredores da cidade de Mafa, a 44 quilómetros da Maiduguri, capital de Borno.

"Os terroristas dispararam um foguete contra a coluna, que atingiu um veículo em que circulavam cinco soldados", afirmou uma fonte de segurança, sob condição de anonimato, à AFP.

"Os cinco soldados foram mortos", acrescentou a fonte.

A informação foi também confirmada por outra fonte de segurança que acrescentou que os insurgentes apreenderam dois veículos militares.

A organização em causa, o ISWAP, que se separou do Boko Haram em 2016, tem intensificado os ataques às forças armadas e matou dezenas de soldados nigerianos, sendo também acusado de atacar civis com cada vez mais frequência.

No final da tarde de sexta-feira, 'jihadistas' emboscaram uma coluna de carros que transportavam civis na rodovia entre Maiduguri e Damaturu, uma cidade no Estado vizinho de Yobe.

"Os insurgentes chegaram em cinco camiões equipados com metralhadoras e barricaram a rodovia. Eles sequestraram 35 pessoas e mataram uma", afirmou hoje à AFP o chefe de uma milícia anti-'jihadista' pró-governo, Umar Ari.

Nove veículos abandonados por viajantes foram saqueados pelos 'jihadistas' que incendiaram um camião e dois carros.

Mais de 36.000 pessoas foram mortas e cerca de dois milhões foram deslocadas numa década de conflito no nordeste da Nigéria.

A violência jihadista de ISWAP e Boko Haram permanece até agora localizada no nordeste da Nigéria, no entanto, o sequestro de 344 crianças, a 11 de dezembro, por grupos criminosos em nome do Boko Haram no noroeste do país levantou rumores de uma expansão territorial do grupo 'jihadista'.

Na sexta-feira, as crianças foram finalmente libertadas após negociações entre as autoridades e grupos criminosos.

 

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