Covid-19. Suíça pondera prolongar restrições até ao fim de fevereiro

O Governo suíço está a ponderar prolongar até ao final de fevereiro as medidas de luta contra a propagação da covid-19, numa altura em que o país regista um elevado número de casos de contágio.

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Lusa
06/01/2021 15:10 ‧ 06/01/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Reunido numa sessão extraordinária, o Conselho Federal [Governo] decidiu que será tomada uma decisão a 13 deste mês, após consultas com os diferentes cantões", anunciou o executivo suíço num comunicado.

O Governo sublinhou ser necessário consultar os cantões sobre um eventual endurecimento das medidas restritivas, como a obrigatoriedade de trabalhar no domicílio, o encerramento dos estabelecimentos comerciais e outras restrições suplementares relativas a ajuntamentos e iniciativas de cariz privado.

"A situação não é boa. Ela é verdadeiramente má", declarou o ministro da Saúde suíço, Alain Berset, numa conferência de imprensa, em que explicou que a pandemia "não está a diminuir" e que "continua com números muito altos".

Tal como na primeira vaga da pandemia, a Suíça não instaurou um confinamento, mas fechou restaurantes, eventos culturais, desportivos e de lazer, mantendo atualmente as escolas abertas.

A Suíça conheceu uma primeira vaga relativamente moderada em comparação à violência com que a pandemia irrompeu nos vizinhos europeus, mas desde o início do outono está a ser fortemente afetada por uma segunda onda.

Há várias semanas que o país alpino, de cerca de 8,6 milhões de habitantes, tem mantido uma média diária de casos do novo coronavírus superior a 4.000, bem como a de uma centena de mortes.

A Suíça, onde a campanha de vacinação começou no fim de 2020, acumulou quase 470 mil infeções e cerca de 7.400 mortes, com o executivo helvético a admitir que os números "refletem mal" a verdadeira situação epidemiológica.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.869.674 mortos resultantes de mais de 86,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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