"Ainda existem muitas dúvidas fundamentais em termos da eficácia das vacinas para reduzir a transmissão [do vírus] e as vacinas estão disponíveis apenas em quantidades limitadas", adiantou o Comité de Emergência da OMS nas suas recomendações, ao acrescentar que a prova de vacinação não deve isentar outras medidas de prevenção sanitária.
O Comité de Emergência da OMS reúne-se periodicamente para analisar a situação da covid-19, mas esta reunião - a sexta desde que a pandemia foi declarada - foi antecipada duas semanas devido ao surgimento de várias variantes do coronavírus especialmente contagiosas e que estão em circulação em dezenas de países.
O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje que a União Europeia inicie já o processo para a existência de um certificado de vacinação homogéneo entre os Estados-membros e considerou essencial garantir a liberdade de circulação no espaço europeu.
António Costa assumiu esta proposta em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Centro Cultural de Belém, após uma reunião plenária entre o Governo português e o colégio de comissários europeus.
"Há várias formas de harmonizar critérios: pode ser o atestado de vacinação ou o teste negativo. Nesta reunião com a Comissão Europeia, insisti que o certificado de vacinação deveria ser homogéneo e aprovado tão rapidamente quanto possível", declarou.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos dois milhões de mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.