EUA instam Pequim a respeitar direitos dos uigures e de Hong Kong e Tibete

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, instou na sexta-feira Pequim a respeitar os direitos dos uigures e da população de Hong Kong e Tibete, na primeira comunicação com a China da nova administração.

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Lusa
06/02/2021 06:00 ‧ 06/02/2021 por Lusa

Mundo

Antony Blinken

"Deixei claro que os Estados Unidos defenderiam os seus interesses nacionais, lutariam pelos valores democráticos e responsabilizariam Pequim por quaisquer abusos contra o sistema internacional", escreveu Bliken na rede social Twitter, após um telefonema a um diplomata chinês, Yang Jiechi.

O chefe da diplomacia americana disse que "os Estados Unidos continuarão a lutar pelos direitos humanos e valores democráticos, incluindo em Xinjiang, Tibete e Hong Kong", pode ler-se ainda num comunicado do Departamento de Estado.

Blinken também "exortou a China a juntar-se à comunidade internacional na condenação do golpe militar na Birmânia [Myanmar]", segundo aquela nota.

O secretário de Estado norte-americano afirmou que os Estados Unidos responsabilizarão Pequim "pelas suas tentativas de desestabilizar a região do Indo-Pacífico, incluindo o Estreito de Taiwan, e pelos seus ataques às regras estabelecidas no sistema internacional".

Durante a sua audiência perante o Senado dos EUA, em 19 de janeiro, pouco antes da tomada de posse do novo Presidente, Joe Biden, Blinken já tinha usado um tom particularmente duro em relação a Pequim. Nessa altura, afirmou que o antigo Presidente Donald Trump tinha "razão" em adotar uma "posição mais dura contra a China".

"Temos de enfrentar a China a partir de uma posição de força, não de fraqueza", argumentou, afirmando que Pequim está a cometer um genocídio na região ocidental de Xinjiang, contra os muçulmanos uigures.

De acordo com especialistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão ou foram detidos em campos de reeducação política em Xinjiang (noroeste), uma região sob estreita vigilância das forças de segurança chinesas.

Pequim diz que são centros de treino vocacional, destinados a dar-lhes empregos e mantê-los longe do extremismo, após uma série de ataques terroristas atribuídos a separatistas uigures e islâmicos.

Investigações realizadas por institutos norte-americanos, baseados em interpretações de documentos oficiais chineses e testemunhos, responsabilizam a China por esterilizações e trabalhos forçados impostos àquela minoria muçulmana.

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