"A situação que se vive no país, por causa da covid-19, dá-nos a perceção de que há mais anúncios necrológicos devido às mortes relacionadas com a pandemia", disse à Lusa Isabel Boavida, diretora comercial do jornal.
Embora algumas famílias comuniquem a causa dos óbitos, sendo alguns por covid-19, outras não o fazem, mas o aumento de páginas de necrologia salta à vista de quem pega no jornal.
Isabel Boavida disse que o Notícias tem inserido, em média, quatro páginas de necrologia, desde o início do ano, atingindo um pico que não é comum no diário, apesar de acontecer, a espaços.
"Não é a primeira vez que temos estes números [de anúncios necrológicos], porque acontece de tempos em tempos, mas verifica-se com maior frequência nas últimas semanas", enfatizou.
A morte de pessoas influentes também pode ajudar a explicar este crescimento de anúncios.
"Normalmente, quando se trata de alguém importante na sociedade moçambicana, há mais pessoas a prestar homenagem ao falecido e procura-se mais a necrologia", declarou.
O país contabiliza um total acumulado de 465 mortes e 44.912 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 61% são considerados recuperados e outros 318 estão atualmente internados (79% na cidade de Maputo).
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