"Em nome do executivo angolano e no meu próprio, felicito-a pela sua eleição ao cargo de diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, ocorrida no dia 15 do mês em curso, em Genebra", referiu uma nota assinada por João Lourenço.
Na nota, o chefe de Estado angolano disse ter a convicção de que a nomeação da nigeriana, primeira mulher e a primeira africana a liderar a OMC, é "o claro reconhecimento da sua inequívoca competência, demonstrada convincentemente nas funções anteriormente desempenhadas".
"Desejo-lhe muitos êxitos no desempenho das suas novas funções, nesse grande palco da diplomacia internacional", acrescentou João Lourenço.
Ngozi Okonjo-Iweala, 66 anos, foi nomeada, na segunda-feira, para chefiar a OMC, tornando-se a primeira mulher e a primeira africana a liderar a organização com sede em Genebra.
Ngozi Okonjo-Iweala foi por duas vezes ministra das Finanças da Nigéria e chefiou a diplomacia do país durante dois meses. Começou a sua carreira em 1982 no Banco Mundial, onde trabalhou durante 25 anos. Em 2012, não conseguiu tornar-se presidente da instituição financeira, que escolheu para o cargo o norte-americano de origem sul-coreana Jim Yong Kim.
A nova líder da OMC nasceu em 1954 na Nigéria, mas passou grande parte da sua vida nos Estados Unidos da América, onde estudou em duas prestigiadas universidades, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Harvard.
Os estatutos da OMC não têm previsto qualquer rotação geográfica para o diretor-geral, mas várias vozes defenderam que era a vez de um africano ou uma africana ocupar o cargo. Desde a sua criação em 1995, a OMC foi liderada por seis homens: três europeus, um neozelandês, um tailandês e um brasileiro.
A nigeriana assumirá as rédeas da OMC a partir de 01 de março.
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