Biden acusa Rússia de "atacar as democracias" ocidentais

O Presidente dos EUA, Joe Biden, acusou hoje a Rússia de "atacar as democracias" ocidentais e manifestou-se determinado em "recuperar" a confiança da Europa, mas alertando contra um regresso aos "rígidos blocos da Guerra Fria".

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Lusa
19/02/2021 18:03 ‧ 19/02/2021 por Lusa

Mundo

EUA

"O Kremlin ataca as nossas democracias (...). Putin procura enfraquecer o projeto europeu e a nossa aliança da NATO. Pretende sabotar a unidade transatlântica e a nossa determinação, porque para o Kremlin é mais fácil intimidar e ameaçar os Estados isoladamente em vez de negociar com uma comunidade transatlântica forte e unida", assinalou Biden no seu primeiro grande discurso de política externa para a Conferência de Segurança de Munique.

Nesta perspetiva, o chefe da Casa Branca também considerou que "enfrentar a temeridade da Rússia e a sua pirataria de redes informáticas nos EUA, na Europa e no mundo tornou-se crucial para proteger os desafios de segurança coletiva".

O Presidente dos EUA, num novo sinal de rutura com as prioridades da anterior administração de Donald Trump, também disse ainda estar determinado em recuperar a confiança da Europa.

"Não de trata de pôr o Leste contra o Oeste (...). Não podemos nem devemos regressar (...) aos rígidos blocos da Guerra Fria", acrescentou.

Joe Biden esteve presente na Conferência de Munique através uma ligação vídeo, à semelhança dos restantes participantes, o Presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, ou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Na Conferência, destinada a reforçar a cooperação entre os aliados dos dois lados do Atlântico, marcaram ainda presença virtual os secretários-gerais da ONU, António Guterres, e da NATO, Jens Stoltenberg, para além dos presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, ou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Leia Também: FMI minimiza risco de inflação alta com plano de estímulos de Biden

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