"Vou liderar os processos judiciais contra os supremacistas brancos e outras pessoas que invadiram o Capitólio, em 06 de janeiro", assegura Merrick Garland, na comunicação que irá apresentar aos senadores norte-americanos que, entre segunda e terça-feira, vão decidir a sua confirmação à frente do Departamento da Justiça.
Pelo menos, 230 pessoas já foram acusadas de estarem envolvidas no ataque ao congresso, que causou cinco mortos, e as investigações visam centenas de pessoas.
O magistrado de 68 anos também se compromete a "proteger a independência" do seu Departamento de Justiça de "influências partidárias", incluindo a criação de regras claras para investigações federais e a regulamentação de forma rigorosa das comunicações com a Casa Branca.
Um progressista moderado, Merrick Garland enfatiza igualmente a importância de combater as desigualdades legais enfrentadas por pessoas de minorias étnicas, nos Estados Unidos da América.
Presidente do Tribunal de Apelação da capital federal, Merrick Garland foi escolhido por Barack Obama, há cinco anos, para ocupar a nona cadeira do Supremo Tribunal, mas os senadores republicanos bloquearam a sua nomeação.
A nomeação de Merrick Garland foi confirmada por Joe Biden, em janeiro, com o objetivo de "restaurar a honra, integridade e independência do país.
O futuro titular da Justiça da administração Biden terá em mãos vários dossiers, como a luta contra a violência e o racismo nos vários departamentos de polícia, um tema colocado no centro da campanha eleitoral após a morte do afro-americano George Floyd, em maio do ano passado, durante a sua detenção pela polícia de Minneapolis.
Para o Departamento de Justiça foram igualmente nomeadas Lisa Mónaco, como procuradora adjunta, Vanita Gupta, vice-procuradora, e Kirsten Clarke, que será responsável pelos direitos civis.
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