De acordo com dados do Ministério da Saúde e Bem Estar Social da Guiné Equatorial, até ao momento registaram-se 17 mortes nos hospitais da cidade, enquanto o número de feridos ascende a 400.
Os feridos estão distribuídos por três hospitais da cidade: 70 no Hospital la Paz, 150 no Hospital Geral de Bata e 200 no Hospital Nuevo Inseso.
De acordo com a mesma fonte, as explosões ocorreram no bairro de Mondong Nkuantoma, em Bata, maior cidade e capital económica da Guiné Equatorial, onde se localiza um quartel militar.
"Estima-se que haja mortos e muitos desaparecidos debaixo dos escombros", tinha adiantado antes o ministério, que pediu a médicos e enfermeiros voluntários para se dirigirem ao Hospital Regional de Bata.
As autoridades de saúde apelaram também para a contribuição de dadores de sangue.
Para já é desconhecida a origem das explosões, mas uma fonte da Guiné Equatorial contactada pela agência Lusa adiantou que terá explodido o paiol do quartel militar do bairro de Nkoantoma, o maior do país, e que a "explicação mais plausível é que se trate de um acidente".
Este quartel fica situado num zona habitacional e imagens transmitidas pela TVGE mostram dezenas de pessoas a fugir do local, muitas delas feridas.
As imagens também mostram uma espessa coluna de fumo.
Três das explosões ocorreram cerca das 15:00 locais (14:00 em Lisboa) e duas horas mais tarde ocorreu uma quarta.
De acordo com as autoridades equato-guineenses, equipas médicas e de bombeiros foram mobilizadas para o local.
Os feridos estão a ser transportados para os hospitais de La Paz, Nuevo Inseso e Regional de Bata.
O vice-presidente e responsável pela Defesa e Segurança, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como 'Teodorin', filho do Presidente Teodoro Obiang, apareceu na TVGE a visitar o local rodeado de um forte aparato de segurança dos seus habituais guarda-costas israelitas.
Localizada na parte continental, Bata concentra cerca de 800 mil habitantes dos 1,4 milhões de residentes deste país da África Central, rico em petróleo e gás, mas onde a maioria da população vive abaixo do limiar da pobreza.
A Guiné Equatorial integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.