O ataque de um homem de 21 anos de idade a supermercado, na cidade de Boulder, no Colorado, aconteceu 10 dias depois de ter sido bloqueada, em tribunal, a lei que bania a venda e posse de espingardas automáticas, a arma que foi utilizada no ataque, onde morreram dez pessoas.
Conforme explica o Washington Post, a cidade de Boulder determinou a interdição de venda e posse ter armas deste calibre em 2018, na sequência do tiroteio na escola de Parkland, que tirou a vida a 17 pessoas, no mesmo ano.
Dawn Reinfeld, co-fundador do Blue Rising, um grupo de prevenção contra a violência armada no Colorado, indicou à publicação que foi difícil de ignorar a coincidência da "horrenda" decisão por parte do tribunal.
"Tentámos proteger a nossa cidade. É tão trágico ver esta legislação cair, e dias depois, ver a nossa cidade experienciar exatamente aquilo que estávamos a tentar evitar", lamentou.
Rachel Friend, membro da autarquia local, fez uma observação similar no Twitter, indicando estar "destroçada, zangada e sobretudo muito, muito triste".
This is directly on the heels of the trial court staying the assault weapons ban our city had enacted.
— Rachel Friend (@rachelkfriend) March 22, 2021
I am nauseas and heartsick and angry and mostly so, so sad.
I will post information here as I am able. https://t.co/9jIGuR4g4Q
A associação de armas estatal (Colorado State Shooting Association), um dos queixosos no processo que resultou no bloqueio da lei, rejeitou as críticas, explicando, através de comunicado, que "o sensacionalismo emocional" acerca das leis de controlo de armas irá perturbar a memória das vítimas.
"Vai haver uma altura para debater o controlo de armas. Vai haver uma altura para a discussão dos motivos. Vai haver uma altura para uma conversa sobre como isto poderia ter sido evitado. Mas hoje não é altura", acrescentou o grupo.
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